top of page

TRAPE-ZAPE

  • 1368483727_reverbnation_logo_light_badge_normal.png
  • Facebook Limpa Cinzento
PROG-PT

PROG-PT Progressive's opening to other musical styles is made through albums like this. Trape-Zape are made of just three elements but they manage, in a very inteligent way, to gift their music with enough refinement to show the world the several fragrances that emanate from this work. Fernando Guiomar on acoustic guitar leads the project, being all the composition of his own. He is followed by Vasco Sousa on double bass and João Luis Lobo on drums and percussion. With this short instrumental set, one can easily foresee a boring and colourless recording. Wrong! It's true that the short instrumental diversity doesn't get the listener's attention so easily but this album must be analysed by its consistency and refinement in composition, as well as by the placing and interconnection of the different instruments. And if at the instrumental standard we're definitely on Jazz fields, yet on the composition level things are not that clear. The structure and development of each track tilt clearly to the Progressive side, while the deepness of the composition takes the music to RIO (Rock in Opposition) doors. BAZARUCO opens this album and one can quickly notice the extreme care with the recording of each instrument. Some slight traces of Bossa-Nova warm the track but don't take it to abnormal dimensions. The three-side game is very smooth, spiced here and there with short and very elaborated sequences anticipating what's to come. A good opening track, no doubts. R.I.E.P. (REACÇÃO INVOLUNTÁRIA DE UMA EXCITAÇÃO PERIFÉRICA) starts to make the album lift off. The complexity level starts to rise, but the instrumental simplicity helps to easily distinguish each note and chord. It's here where most of the magic of this album resides. There's no cheeky melodies. ESTA ALMA DORIDA already seems to be taken by the heart when a light and simple melody can be glimpsed. But the track, in good old Progressive way, develops so much that its true conception is only perfectly assimilated after several listenings. The album reaches the climax in AZIMUTE 220. Here remains no doubts that this is a track to figure in the annals of RIO style. The deepness is immense and the concentration on this track makes us lay aside of all the rest and retain the most diverse sensations. The journey to the limits of the Universe is made with eyes wide shut. But it's not too much to point out that we're just before acoustic guitar, double bass and drums/percussion! Ending the album appears, as in a fraternization gesture, NOCTURNO (PARA UM CÃO). Three sweet minutes of deserved rest after 45 minutes of intense emotions. It's just lacking the barking of the dog, just like in Floyd's SEAMUS. This is, in fact, a project that comes to fulfill a gap in the portuguese musical scene. We should now hope that this gap gets wider and then gets fulfilled again.

AT-Tambur

2010

Trape-Zape é o projecto do guitarrista Fernando Guiomar, que acaba de editar um CD homónimo, construído em torno de composições para guitarra, percussões e contra-baixo. Um disco para aqueles que preferem as múltiplas audições e todas as suas redescobertas. Fernando Guiomar, com este Trape-Zape, situa-se no lado intangível da música que não pode (e não quer) ser classificada - simplesmente arrumada numa prateleira de estilos. É nisso que reside o desafio de prazer de "Trape-Zape": um trabalho que percorre o contemporâneo, o jazz e o experimental - suportado numa musicalidade de um portugal na divisão dos grandes guitarristas. É impossível falar de Trape-Zape sem pensar na forma como uma guitarra acústica pode ser pensada em alternativo, tocada com alma e coordenada com a ausência de convenções. Da mesma forma que pode dialogar livremente com as percussões a bateria de João Luis Lobo, um músico cheio de versatilidades; de resto conhecedor das ambiências do jazz e da música popular portuguesa. Trape-Zape é um disco a respirar ideias. Ideias exibidas no tempo e no espaço (com tempo e espaço) - suficientes para as observar e revisitar em múltiplas leituras. Um prazer controversamente divertido e desafiador. Neste trabalho, Fernando Guiomar conta com a participação de João Luis Lobo na bateria e percussões e de Vasco Sousa no contrabaixo - dois músicos que partilharam o mesmo grande desafio de interpretar a diferença, com novidade.

PRESS

Fernando Magalhães

(Público - 19.04.03)

Fernando Magalhães (in "Público" 19/4/03) Outro trio, este em estreia discográfica, os Trape-Zape, apresentam o mesmo formato instrumental (menos os convidados) do Azul de Bica, mas o som e a linguagem resultantes divergem radicalmente. Fernando Guiomar, na guitarra acústica, Vaso Sousa, no contrabaixo, e João Luís Lobo, na bateria e percussões, praticam um jazz(?) minimalista, construído sobre um encadeamento de riffs e floreados melódicos e harmónicos, que ora evocam os jogos da League of Gentlemen dirigida por Robert Fripp, ora se deixam fascinar pelo flamenco ou pela bossa-nova, ora ainda cultivam o gosto pelo jazz rock progressivo, como em "R.I.E.P. (reacção involuntária de uma excitação periférica)", "Azimute" e "Nocturno (para um cão)" onde chegam a aproximar-se do espírito dos Genesis, com Fernando Guiomar a envergar o lençol de fantasma de Steve Hackett.

Rui Eduardo Paes

(Crítico musical / Escritor / Jornalista)

É verdade que o disco homónimo de estreia dos Trape-Zape alinha com a chamada “estética ECM”, e chegamos mesmo a reconhecer a ancoragem dos guitarrismos de Fernando Guiomar nas práticas de um Ralph Towner ou mesmo de um Egberto Gismonti (isso na versão acústica do trio documentada nesta colecção de cinco temas, porque na eléctrica e electrónica é Terje Rypdal que vem à lembrança), mas este trabalho tem mais que se lhe diga. A formação clássica de Guiomar está em evidência a cada momento, bem como a experiência ganha nas mais diversas áreas, da música barroca e da canção pop dos In Loco a formações experimentais dirigidas pelo guitarrista dos Telectu Vítor Rua, como o Vidya Ensemble e os Ressoadores, passando pela sua integração nos saudosos Duplex Longa quando este projecto que tantas vezes foi apontado como uma Penguin Cafe Orchestra “on acid” estava já a viver os últimos dias. Mais uma indicação dos múltiplos interesses musicais de Guiomar, registe-se a sua inclusão no grupo de cem guitarras de Rhys Chatham, quando este compositor norte-americano veio a Portugal para apresentar as suas concepções enquadradas entre o sinfonismo e o rock. A este “background” estranho ao jazz que agora ouvimos acrescentam-se as pessoais perspectivas de Vasco Sousa e João Luís Lobo, contrabaixista e percussionista respectivamente, ambos membros do colectivo de música popular portuguesa Navegante e o último também com currículo evidenciado nos Tocà Rufar e junto de Janita Salomé e Amélia Muge. Como não podia deixar de ser, todos estes percursos deixam a sua marca na sugestiva e ziguezagueante música de «Trape-Zape». Obra assumidamente de “jazz contemporâneo” na sua versão europeia, com combinações de diversas linguagens musicais num meticuloso trabalho de composição e de improvisação estruturada com muito de camerístico, esta estreia discográfica dos Trape-Zape passa pelos brasileirismos de «Bazaruco», o minimalismo à maneira de Steve Reich de «Azimute 220», certas ambiências do impressionismo erudito disseminadas ao longo de «Esta Alma Dorida», «R.I.E.P.» e «Nocturno para um Cão», e cativantes jogos entre tonalismo e atonalismo ao longo de toda a duração do CD, resultantes da assimilação dos avanços propostos pela vanguarda do Séc. XX. Apesar desta caracterização algo distinta do “jazz segundo Manfred Eicher” (o responsável da editora ECM e seu principal produtor), «Trape-Zape» é um disco “mainstream”, muito melódico e de audição fácil e agradável a ouvidos menos habituados aos radicalismos da experimentação sonora. As peças reunidas evidenciam os dotes de um guitarrista de sensibilidade e inteligência invulgares, com uma abordagem acentuadamente harmónica e pontilhística do seu instrumento em que o virtuosismo técnico nunca submete a emoção ao seu domínio. De resto, o perfeccionismo é outro elemento estranho às preocupações do trio, outra diferença que aqui encontramos em relação à célebre editora alemã. No estúdio, os músicos impuseram-se como única regra uma grande liberdade de execução, e os temas foram gravados aos primeiros “takes”, com pouco trabalho de edição posterior, de maneira a preservar a autenticidade das execuções, o que significa que qualquer erro cometido na altura está aqui exposto, sem complexos nem dissimulação, tal como num concerto ao vivo.

Portugal Progressivo

 

Escutados os compassos iniciais, no preciso momento em que surgem as primeiras interrogações, ocorrerá a qualquer melómano que não tenha à mão a capa do trabalho em apreciação que se trata de um álbum de Ralph Towner. Uma gravação desconhecida do aclamado guitarrista de jazz, realizada na companhia de um contrabaixista e de um baterista: um "Batik" ignorado. Uns quantos minutos adiante, e perante um som latino que começa a insinuar-se, surge a dúvida, se não será antes um álbum de Egberto Gismonti. Hesita-se. Mas com uma certeza, porém, o trabalho filiar-se-à na chamada música de fusão e tem a marca da ECM, a editora de Manfred Eischer. À medida que a audição avança, a dúvida instala-se definitivamente. Gismonti também não é, pesem embora algumas analogias. O toque étnico não tem muito a ver com o Amazonas, ou com o outro lado do Atlântico. Respira-se uma certa tristeza melancólica, disfarçada na melodia inicial da terceira peça, que evoca algo lusitano. Duarte Costa ninguém arriscará pois desconhecem-se quaisquer incursões suas às fronteiras do jazz. Mas o que será? Certo, certo, é tratar-se de um trabalho composto por cinco peças instrumentais em que se utiliza uma linguagem próxima do jazz, acentuada pela secção rítmica e por alguma improvisação, e nas quais o guitarrista exibe uma soberba técnica adquirida garantidamente na escola clássica. Um disco onde se fundem diferentes influências, à boa maneira da música progressiva. E estados de alma também. Mas realizado apenas com um sentimento: o puro prazer de fazer música. Sem artifícios - apenas em duas peças se duplica discretamente a guitarra acústica. Como se o ouvinte estivesse em presença dos intérpretes no acto da gravação. O que será, afinal? A capa, a caixa do CD, por favor. Trape-Zape. Pelos Trape-Zape, um colectivo formado por Fernando Guiomar, guitarrista e autor de todas as peças, João Luís Lobo, que toca a bateria e a percussão, e Vasco Sousa, contrabaixista. Trape-Zape. Uma formação portuguesa que teve a coragem de lançar no mercado um álbum que não se destinará ao êxito comercial, mas cuja audição encherá de prazer os entusiastas de música progressiva de fusão. O tal prazer, contagiante, que o grupo terá sentido ao gravar este trabalho discográfico.

Eurico Carrapatoso

(Compositor)

Ouvi com atenção e muito agrado o CD "Trape-Zape" do trio constituído por Fernando Guiomar, Vasco Sousa e João Luís Lobo. Trata-se de um projecto muito interessante e inovador. A originalidade da proposta musical nunca põe em causa, contudo, um claro poder de comunicação do conceito. Não se trata, assim, de um tipo de originalidade labiríntica, balofa ou autista. Bem pelo contrário, é uma música que flui com toda a naturalidade, com uma expressividade genuína. As ideias musicais são sugestivas e apresentadas de um modo contrastante, agarradas com graça e engenho. Para além disso, o grupo tem fortes argumentos ao nível da interpretação. É um projecto que está de parabéns e um prazer que pede bis.

Proggnosis

 

Trape Zape is a Portuguese acoustic trio comprised of guitar, contrabass and percussion that has just now released their first album. This self titled debut is an all instrumental suite with a very particular and peculiar atmosphere mostly developed by, and based upon, Fernando Guiomar’s classically trained guitar playing. While at first listen Trape Zape seems to fit quite perfectly in any vendors jazz section, with more acute and deep listens, some fusion and even progressive characteristics start to shyly unfold. While using New Age and World Music details to balance the jazzy basic format, Trape Zape sometimes seem to swirl around Torje Rypdal’s characteristic dense atmospheres or even Ralph Towner’s experimental toning. But the truth is that Fernando’s playing also has a strong Frippian attitude, mainly in the repetitive tabs upon which the music is built. To complement these reminiscences, I also would point out Steve Howe, kindly hidden in some soloing units. The whole structure of the instrumentals is challenging. The long tracks many times return to its starting point but in the meanwhile they swirl upon inventive and always different arrangements, demonstrating a carefully thought and complex architecture. I find the music here to have a very bizarre duality, for it can be relaxing to those who just want background company, but those who like to listen to music with full ears will have a lot to discover /enjoy while dwelling in the realms of this album. If Bazaruco has a slight Bossa-Nova feeling to it in what concerns the rhythm section, Esta Alma Dorida mixes a moody percussion with a tremendously melancholic guitar playing that approaches our very own (Portuguese) Fado. Nocturno (para um cão) provides the listener with some progressive clothing, like an acoustic vision upon classic 70’s prog melodies. I have been told that a good part of this album was recorded “Live” in the studio. And the truth is that its precision and flawless playing, even when Fernando sets his motors to “improvisation” status (just listen to R.I.E.P. or Azimute 220), can only enforce the true inner ability and quality of its musicians. Overall, this has been a swell new discovery for me. And Trape Zape has turned out to be a new shining jewel in my CD collection.

Trape-Zape: “2” (CNM)

JAZZ.PT- Rui Eduardo Paes (2013)

 

Eis o segundo tomo dos Trape-Zape de Fernando Guiomar, com Zé David nos teclados (também em flauta e no que parece ser uma trompa) e, revezando-se, com Massimo Cavalli, João Alves e Vasco Sousa no contrabaixo e Joel Zig Faria e Beto Betuk na bateria e na percussão. A distância relativamente ao primeiro disco deste projecto é enorme e vai na direcção do jazz – um jazz “mainstream”, muito composto e melódico, mas como seria de esperar com fortes influências do rock. Em primeiro plano estão as guitarras de Guiomar, bem distintas nas suas abordagens acústica e eléctrica, mas sempre primando pela característica elegância deste músico que merecia mais atenção do que a que lhe vem sendo dada. Se a escrita é a plausível nos domínios da fusão, as soluções encontradas são, muitas vezes, surpreendentes, denotando a marca deixada pelo percurso paralelo do líder guitarrista na música livremente improvisada. É isso que torna este CD diferente de outras incursões do género, bem como o facto de esta ser uma música com personalidade própria. Num tempo em que se tende a fazer cópias de cópias de cópias já é, por si só, motivo de aplauso.

 

Leonardo Díaz

(Actual Jazz - 11.08.14)

La fusión del jazz con el estilo propio de TRAPE-ZAPE (Portugal) "saudade" portuguesas en el sonido y en su composición.
Con  mucha originalidad Trape - Zape descubre nuevos colores del jazz. Un grupo que cuenta con excelentes músicos, los cuales encuentran otra ruta, un nuevo camino del actual Jazz
.

bottom of page